Cultura e Educação
A possibilidade que tive de assistir à representação da lenda da Moura Encantada da Ponte Romana de CHAVES, fez-me reflectir sobre a seguinte questão:
Será ainda possível falar de educação sem a integrar na questão cultural? Certamente que não. E não porque a educação é resultado das práticas culturais dos grupos sociais. O próprio processo de ensinar e aprender revela essas práticas.
A cultura é o fermento que alimenta, que dá forma e conteúdo à educação. Na sala de aula, experiências, vivências e singularidades estão reunidas. Alunos e professores trazem saberes e histórias de vida! Confrontos, trocas, negações e reafirmações de culturas pulsam, o tempo todo, nesse convívio de aprendizagem.
Se o saber em construção for inclusivo das diferenças, renovam-se as esperanças de que na escola cumpre o seu papel, como afirma Carlos Rodrigues Brandão (2001) que “educar é fazer perguntas” e que “ensinar é criar pessoas em que a inteligência venha a ser medida, mais pelas dúvidas mal formuladas, do que pelas certezas bem repetidas. De que aprender é construir um saber pessoal e solidário, através do diálogo entre iguais sociais culturalmente diferenciados.”
A todos quantos contribuíram para a apresentação desse trabalho, que me deixou maravilhado, o meu obrigado.